segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Desata o nó que é a tua alma
e deixa-a...

Julgavas que estava livre se a libertasses
e contudo ela não partiu,
simplesmente serpenteia.

Serpenteia e contorse-se como se se lembrasse da sua antiga sombra
e grita como se tivesse voz
e chora tentando relembrar-se que jamais teve lágrimas,
mas permanece atraída por uma memória,
uma memória anterior ao tempo,
anterior à forma.

Já não tem o que a prenda
e não solta.

Não se vê,
Não se ouve,
não se move...

Sente antes que não se controla
E não parte...

Alva, leve e suave
Paira
E não parte...

2 comentários:

Marta C. disse...

Está muito bonito. E triste...

Joana Gil disse...

Uau!!!
Amei!!!