sábado, 28 de março de 2020

Malmequer

Não me olhes,
que eu morro...

Na cadência do tempo que nos marca
os dias sucedem-se,
ainda sem açucenas,
e sigo...

Sigo-te
e não vejo,
nem tão pouco a minha sombra
de mera coroa decepada.

Já faz frio
e eu sinto-me sem mim,
assim,
sem pétalas levadas ao vento.

Leva-me.
Não,
deixa-me!

Deixa que beije este solo
que ainda me quer.