sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pausa

Movimento, agitação,
perplexidade, reacção,
Incremento, modelagem,
revolta, criação!

Os dedos cospem
o íntimo rejeita,
moem, distorcem,
e da purga, a obra é feita.

A voz que não era ouvida,
fala sem dizer
e do discurso desordenado
a ordem brota sem o perceber.

Tinta, gralha,
breu e fél,
das entranhas esconjuradas
arde a doçura do mel.

E no silêncio que anunciava o fim,
já não se finda o que era calado,
pausa, delonga, ou nada,
o recomeço! (atrasado?)