-Que horas são?
E o tempo deixa de ser a régua calibrada pela sucessão de algarismos.
Em boa verdade, aqui é sempre dia, enquanto o olhar estiver perto e desperto, consoante a perpendicularidade dos seus entrecruzares.
E o tempo deixa de ser a régua calibrada pela sucessão de algarismos.
Em boa verdade, aqui é sempre dia, enquanto o olhar estiver perto e desperto, consoante a perpendicularidade dos seus entrecruzares.
- Tem horas que me diga?
Horas, minutos, segundos… se os tenho, não sei.
Talvez os tenha na medida em que todos temos, enquanto persiste a ilusão de que se possui o tempo.
Horas, minutos, segundos… se os tenho, não sei.
Talvez os tenha na medida em que todos temos, enquanto persiste a ilusão de que se possui o tempo.
O dia e a noite estão lá fora, longe do alcance da vista...
E no meio da conversa (ou monólogo) voltei a perder o último comboio.
Amanhã haverá outro (se é que as automáticas locomotivas e seus pontuais maquinistas não fazem novamente greve…).
Amanhã haverá outro (se é que as automáticas locomotivas e seus pontuais maquinistas não fazem novamente greve…).