quinta-feira, 25 de abril de 2013

Alma

Sabes de que cor é a minha alma?
Eu digo que é cinzenta
Que é bassa,
Que é áspera,
Que fere,
Que se mantém firme, a medo,
Que é fel!

Podia, ao menos, esquivar-se
Deixar-se imobilizar,
Consumir-se,
Extinguir-se,
Sumir-se e deixar-se ficar,
Sabe-se lá onde
Em que paragens,
Em que paisagens,
Em que tédio envolvente,
Dominante,
Constante...

Se se mantivesse ao menos
distante,
Perdida,
Fugida...
Se não voltasse,
Não regressasse nunca mais,
Deixando somente um rasto
Que com o tempo de esbaterá...

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