quinta-feira, 17 de julho de 2008















Ah!...
Se eu soubesse como era
Leve,
Suave,
Envolvente,
Este vento do sul…

Ergueria os meus pesados pés
E, num andar aos tropeções,
Avançaria contra si,
Seguindo-o até de onde ele sopra.

Ah! Que felicidade!
Pudesse eu!
Pudesse eu…
Pudesse eu imaterializar-me
E simplesmente…
Ir.

Resta-me senti-lo passar,
Deixar um arrepio percorrer todo o meu tronco
E,
Num acto tresloucado,
De desespero total,
Despir-me
Peça a peça,
Esperando que sinta o meu perfume,
Ou o que resta dele…

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